No ano passado, estava em Lisboa Mário Lúcio Sousa – actual ministro da Cultura de Cabo Verde e autor do livro O Novíssimo Testamento –, fizemos em Leiria, na Livraria Arquivo, uma bonita sessão sobre a nova literatura lusófona, também com a presença de João Tordo e Vasco Luís Curado. A Arquivo é uma livraria muito especial, de gente que gosta mesmo de livros, e estas conversas têm sempre público interessado e, graças a Deus, perguntador. Amanhã repetiremos a dose às 18h30, de novo com a ajuda de João Tordo – que falará de Anatomia dos Mártires – e com a preciosa colaboração de David Machado e Nuno Camarneiro, cujos romances Deixem Falar as Pedras e No Meu Peito não Cabem Pássaros saíram em 2011. Se estiverem por perto, não percam as vozes da nova geração. Caso contrário, leiam-nas e não se arrependerão.
12 comentários
António Luiz Pacheco 15.02.2012
Minha Estimada Cláudia :
E, se me é permitido acrescentar, usando essa forma e meios, seria possível termos acesso aos escritores, falem eles português ou castelhano, pelo Mundo inteiro! O que seria bem interessante.
As salas não faltam, em auditórios, salas de leitura, bibliotecas, universidades...
Permito-me discordar muito ligeiramente, ou melhor dizendo acrescentar que, além das editoras, cujo interesse é óbvio, a fórmula por si sugerida interessa igualmente às academias... à universidade e às escolas. Estas poderiam deste modo dinamizar os clubes de leitura por exemplo e promover o contacto com os escritores, de aquém e além mar. Os latinos sobretudo.
Pois bem, anime-se o mundo apenas compreende a dimensão do efeito, os recursos são presente para profusão de quem os disponibilize. É agradável saber das possibilidades e que muito trariam satisfação de experiências de viva voz do autor e no desdobramento de sua obra em diferentes continentes.
Excelente Pacheco, o que aconteceu com o champagne, com a pizza napolitana e poderia citar outros do registo, procedência e qualidade. Na década de setenta era preenchido em todas as escolas do Brasil, cabeçalho com a matéria Língua Nacional, logo após as cartilhas Expressão e Gramática Portuguesa, e nos anos oitenta somente Língua Portuguesa até os atuais, porém em nada surpreenderia o surgir Língua Lusófona, por quê?
Creio que dando uma volta pelo Mundo onde se fala a língua portuguesa, concluiremos por força que o que se fala hoje é capaz de ser já essa lusofonia... sem desprimor para a língua-mãe , o português que será a língua de base. Julgo que há uma semelhança ao latim! Havia o erudito e o outro... creio que o erudito foi o que ficou porque era o dos livros e da comunicação, o outro era o falado por todo o império e deu origem a diversos idiomas, julgo que por se ir misturando com eles. Diria que é o que diferencia uma língua viva de uma língua morta. A minha Amiga está dentro desta temática... e quem sou eu para estar a falar destas coisas?
Sem palavras... O que posso eu dizer? Sou um rústico! Mas mas não isento de insensibilidade ! Porque tosco, entendo o que diz! Não sou cruel...sou um caçador e a minha correnteza é a de sempre, a da vida! Como os rios! Assisto ao vôo do Sol e do infinito... sou como eles! E renasço nas presas que mato, e como e incorporo em mim! E reviverão! Como eu, em mim! E assim vivo, e revivo...