Pela primeira vez em mais de vinte anos de carreira, uma feira do livro estrangeira convida-me e paga-me para lá estar. Fica longe, bem sei, a cidade mexicana de Guadalajara – e tantas horas de avião vão ser mesmo um suplício. Mesmo assim, não iria dizer que não a um programa que inclui, entre outras coisas boas, dois Prémios Nobel da Literatura à conversa: Herta Müller e Vargas Llosa. Dificilmente teria oportunidade de os ver juntos outra vez... Resultado: aceitei e o blogue é que paga e vai ter de estar parado até ao fim do mês. Que me desculpem os leitores, sobretudo os que cá vêm ler-me todos os dias. Mas podem sempre trocar esta fraca prosa por umas horas extraordinárias com um bom livro.
Com todo o respeito meu senhor, não trata-se de jogo, embora seja matemática. Um intervalo de confiança de 95% para um parâmetro populacional fornece um intervalo no qual estaríamos 95% confiantes de cobertura do verdadeiro valor do parâmetro.
Pronto... pronto... retiro o ahahah! Deveras a expressão simplista que formaliza uma disposição errónea e perene da minha afirmada condição ignara. Perdoe a falta de entendimento manifestado com tão infeliz quanto atrevida aleivosia, quiçá porque a mensagem indevidamente apreendida por tão intrínsecamente elaborada em termos esotéricamente cabalísticos se me apresentasse como nebulosa e tenha adensado as já espessas trevas em que me enfronho! Reconheço que para lá da trigonometria plana ou esférica, as altas matemáticas sempre se me alcandoraram a instâncias onde deveras não alcançam as minhas funções de selecção e síntese humanas e por isso assim se quedando a níveis terreais, irremediávelmente.
Com os meus respeitos, curvo a coluna vertebral que apesar de tudo suporta o meu mísero esqueleto.
oh "Pacheco" (desculpe esta ousadia) permita-me dizer-lhe que gostei muito de o Ler, fez-me até rir, e ainda lhe vou confessar, mas não diga nada à "Cláudia", que nunca percebo muito bem os seus dizeres, mas é certamente culpa minha que não entendo nada de matemática!