A Vegetariana
E pronto, A Vegetariana já está na rua! Vencedor do Man Booker International Prize há uns meses, eis o livro de Han Kang que destronou obras de Elena Ferrante, José Eduardo Agualusa e até o Nobel Pahmuk e desde então vendeu cerca de meio milhão de exemplares só na Coreia, país natal da autora. É a história de uma mulher que era absolutamente normal. Nem bonita nem feia. Fazia as coisas sem entusiasmo de maior, mas também nunca reclamava. Deixava o marido viver a sua vida sem sobressaltos, como ele sempre gostara. Até ao dia em que teve um sonho terrível e decidiu tornar-se vegetariana. E essa sua renúncia à carne – que, a princípio, ninguém aceitou ou compreendeu – acabou por desencadear reacções extremadas da sua família. Tão extremadas que mudaram radicalmente a vida a vários dos seus membros – o marido, o cunhado, a irmã e, claro, ela própria. A violência do sonho aliada à violência do real só tornou as coisas piores; e então, além de querer ser vegetariana, ela quis ser puramente vegetal e transformar-se numa árvore. Talvez uma árvore sofra menos do que um ser humano… Um romance mesmo bom, de que Ian McEwan disse merecer todo o sucesso que alcançou. A tradução é de Maria do Carmo Figueira. Leiam, leiam.