Por causa de um trabalho que estou a fazer, tenho descoberto uma data de coisas sobre escritoras portuguesas que desconhecia, sobretudo aquelas que escreveram numa altura em que a maioria das mulheres era analfabeta, e cuja «obra» (quase sempre manuscrita, não publicada) ficou frequentemente no espólio da família ao longo de gerações e só acabou por «transbordar» para o público quando os estudos literários resolveram remexer em caves e arquivos e desencantar cartas, diários e outros documentos muito interessantes. Na sequência desta investigação, descobri igualmente um site muito interessante, da responsabilidade da Faculdade de Letras de Lisboa, dedicado às escritoras portuguesas anteriores a 1900, entendendo-se aqui «escritoras» e «portuguesas» no seu sentido mais amplo. Na pesquisa por nome, aparece a identificação da senhora em causa (naturalidade, filiação, datas de nascimento e morte), seguida da informação sobre o que escreveu e o que se escreveu sobre ela. Não raras vezes, a bibliografia própria é bem mais reduzida do que a passiva – veja-se o caso de Francisca Possolo da Costa (ou «Francília, Pastora do Tejo», seu pseudónimo), por exemplo, nascida no final do século XVIII. Para quem se interesse, aqui vai o link:
«...sim por via do subdesenvolvimento ou condições sociais que vigoravam nas épocas.» Mesmo! O feminismo em doses exageradas é perigoso, como necessariamente o machismo. Mas exagerado mesmo caro António é o anonimato.
Caríssimo Pedro: - O anonimato no fundo é uma forma de cobardia... pode haver muitas e elevadas razões, mas é sempre falta de coragem para dar a cara ou se assumir alguma coisa!
Neste caso ele (o anónimo) teve razão em me apontar erros de escrita, aliás crassos e próprios de quem apenas está a escrever aqui, sem rever o que escreve, não por falta de respeito pelos que me leiam, mas porque me sinto em casa, há já uma certa informalidade e por isso podemos vir aqui em calção e chinelo ou em pijama, que ninguém leva a mal. No fundo o que ele anónimo pretendeu, foi dar-me uma alfinetada, dizer-me que sou inculto, analfabeto e portanto minimizar aquilo que digo. Não logrou fazê-lo, quere (estou a escrever bem?) você e quero lá eu bem saber... dou erros e assumo que sim, tive pessoas a fazer-me correcção de textos e sei que não sou perfeito na gramática ou na ortografia, nem é esse o meu objectivo. No entanto não deixei de apontar a correcção feita e que tentarei evitar, como é óbvio.
Preocupa-me bem mais o conteúdo do que a forma... e a quem goste de pensar e conversar nos temas que aqui nos trazem e em volta dos quais nos reunimos em cavaqueira, deixará passar muito erro com a displicência dos que maduramente lêem e conversam.