Colóquio
Hoje pelas 18h30, na sala 2 Fundação Calouste Gulbenkian, será lançado mais um número da revista Colóquio/Letras. Esta revista, que existe desde 1971, é certamente uma das revistas literárias mais resistentes, já que, além de terem desaparecido outras revistas que a Fundação produzia (de artes, por exemplo), também desapareceram muitas revistas deste país que se dedicavam à crítica literária e à publicação de textos (a Ficções, por exemplo, que era tão boa). Mas esta Colóquio que é hoje lançada diz-me bastante por causa de um artigo da biógrafa de Alexandre O’Neill, Maria Antónia Oliveira, que estará, de resto, no lançamento na companhia de uma velha amiga minha, a Cristina Ovídio, ex-editora, hoje com o fantástico projecto da livraria Menina e Moça, e filha de um homem muito especial: António Manuel Baptista (AMB), físico e um grande comunicador. Pois bem, AMB e o meu pai eram grandes amigos – e amigos também de Alexandre O’Neill. E, quando AMB morreu, a filha encontrou uma série de cartas escritas em 1946 por esse rapaz que então andava ainda a experimentar a poesia e também duas cartas do meu pai desse ano que falavam do que o amigo O’Neill andava a escrever. Essas cartas, entregues à Maria Antónia Oliveira, deram então origem a um artigo publicado agora na Colóquio que, com outros textos que mais logo descobrirei, dedica este número a Alexandre O’Neill. Falarão na sessão, além das referidas senhoras, Guilherme d’Oliveira Martins e Nuno Júdice, actual director da revista.