David Bowie leitor
No dia em que se soube da morte de David Bowie – completamente inesperada, uma vez que acabara de gravar um CD e escondera muito bem o segredo da sua doença, fosse ela qual fosse – os jornais, as redes sociais, o espaço dos nossos ecrãs de computador, enfim, todas as linhas em que pudéssemos pousar os olhos, encheram-se de lamentos, de espanto, de luto, de elogio, parecendo que o mundo parara para dar, e chorar, aquela notícia. Para quem não fosse apreciador do Camaleão, seguramente um fartote – eu, que até fui ouvi-lo ao Estádio de Alvalade nos anos 1990, estava quase a pedir que parassem com aquilo. Porém, no dia seguinte, ainda houve muito Bowie em todo o lado, e um jornal resolveu publicar uma lista dos 100 livros preferidos do músico que, pelos vistos, era um leitor voraz e lia praticamente um livro por dia. Há de tudo (em cem livros, é natural) e os temas são muito variados, fazendo crer que o artista se interessava por distintas áreas do conhecimento e lia todos os géneros – teatro, poesia, literatura de viagens, autobiografias, ficção, ensaio (e livros sobre música, evidentemente, incluindo um de John Cage) . Passando os olhos pelos romances, reparo que Bowie gostava de O Leopardo e de Lolita, de Pela Estrada Fora e de A Laranja Mecânica (faz sentido), de um dos primeiros McEwan (Entre os Lençóis) e de Don DeLillo. Mas a lista é extensa e vale a pena ser apreciada na totalidade. Deixo-vos, pois, o link.