Escrever em Berlim
Na sequência da visita de editores alemães e ingleses a Portugal durante a última Feira do Livro de Lisboa, de que já aqui vos falei, a nossa diplomacia na Alemanha dá-nos mais uma boa notícia: a da criação de uma residência literária em Berlim, durante um ou dois meses, para um escritor português, com o apoio de uma associação local. Não só é sempre bom sair da rotina e das preocupações diárias e ser catapultado para um lugar onde a única obrigação é escrever, como estas residências têm habitualmente efeitos colaterais benéficos, pois permitem ao escritor-residente o contacto com confrades, agentes e editores do país onde está e ainda a hipótese de realizar leituras e encontros com o seu público potencial que, uma vez por outra, acabam por facilitar a tradução e a publicação da sua obra. Se escreve, tem obra publicada e gostaria de passar uma temporada em Berlim a começar ou terminar um livro, consulte o site da Embaixada de Portugal em Berlim para perceber se pode candidatar-se. Ou este link que, no fundo, dá toda a informação necessária sobre o assunto. E boa sorte!
P.S. Ontem, por causa do post sobre o desaparecimento das bibliotecas itinerantes, recebi o seguinte esclarecimento (importante) de José Manuel Cortês, da DGLAB: «Hoje estão em funcionamento mais de setenta bibliotecas itinerantes (agora chamam-se bibliomóveis) em todo o país que trabalham em articulação com as bibliotecas públicas municipais. Eu reconheço que são poucas para as necessidades. Mas também sei, segundo informações que tenho, que há tendência para aumentar. Estou à vontade para falar disto porque é uma inciativa fundamentalmente das Autarquias. Principalmente em áreas com povoamento muito disperso e com comunidades com dificuldades de deslocação.» São, portanto, boas notícias!