O que ando a ler
Pois então, cá estamos neste 2018 novinho em folha. Eu tive um final de ano acidentado: o Manel fracturou uma vértebra, foi operado, e isso acarretou consequências para ambos, pois foi preciso dormir no hospital, mudar pensos em casa, cozinhar, multiplicar-me. Mas agora, que as coisas estão a melhorar, tiro um tempinho para escrever no blogue. E começo por um livro que ando a ler por razões que se prendem com um determinado trabalho que tenho em mãos, e não, como se possa pensar, por causa da vaga de mulheres que resolveram abrir a boca para denunciar as situações de assédio de que foram vítimas (o que também está na ordem do dia). Trata-se de 100 Mulheres Portuguesas com História, de Anabela Natário, e em poucas páginas para cada mulher conta-se em que se distinguiram as ditas no seu tempo, citando-se alguns autores que sobre elas escreveram em várias épocas. O índice é extenso e abarca mulheres do século X ao século XX; embora muitas das escolhas sejam inescapáveis (D. Teresa Henriques, a Padeira de Aljubarrota, a Marquesa de Alorna, Florbela Espanca ou Natália Correia), outras há que nos ilustram sobre mulheres de que não conhecíamos a existência, como Inês Negra ou Cesina Bermudes. Aprende-se sempre alguma coisa com este tipo de obra.