É um oceano aquilo que evidentemente nos separa do Brasil; e a língua portuguesa, que tantas vezes achamos que também nos separa, vai agora unir-nos numa excelente iniciativa; o Prémio Oceanos (antigo Prémio Literário Portugal Telecom), ao qual até ao ano passado só podiam concorrer livros em língua portuguesa publicados no Brasil, passou há menos de uma semana a contemplar também todos os livros publicados em Portugal nas várias categorias a concurso. A sua curadora em Portugal será a jornalista Ana Sousa Dias. São boas notícias, claro, pelo valor e pela importância do galardão, já ganho, de resto, por alguns escritores portugueses, entre os quais Gonçalo M. Tavares e Valter Hugo Mãe, embora com as edições brasileiras dos seus romances. O oceano vai também estreitar-se daqui a uns mesinhos, no momento em que abrir a Feira do Livro de Lisboa, pois o Pavilhão do Brasil, ausente do certame há meia dúzia de anos, vai regressar em força e dar um ar da sua graça entre 1 e 18 de Junho próximos (a feira este ano começa mais tarde). Tanto mar, tanto mar, mas afinal não tão difícil de navegar no que toca às letras.
6 comentários
Anónimo 14.03.2017
Não é "edição brasileira", é publicados no Brasil, o que é bem diferente. Depois tanta arrogância e intolerância para quê? E raio que os parta? Francamente! A argumentar assim perde toda a razão...
Não é argumentar e sim desabafar! Quanto à tolerância... parece-me ser sua na forma como me interpela ao classificar de arrogante, ou seja como discorda abate-me com essa colagem , o que portanto me impede de ter razão ou argumentos válidos. As ideias discutem-se e os argumentos trocam-se sem preciso adjectivar o oponente. Discorde à vontade mas contenha-se. E, repito não é mera questão de tolerância e sim de ter coluna vertebral, compreende? Não confunda as coisas. Aliás leia melhor, o post original fala em "edição brasileira" sim ...
Primeiro: quem fala em edição brasileira é o seu comentário e não o post original - leia o sr. melhor.
Segundo: se não é arrogância dizer que é superior aos brasileiros por ler essas "línguas" todas, então o que será?
Terceiro: desculpe, esqueci-me de lhe chamar mal educado, ou será que dizer "raio que os parta" é sinal de boa educação? Estamos na "casa da Maria do Rosário Pedreira" e acho que devía ter tento na língua - se bem que o senhor já aqui disse coisas bem piores...
"... por alguns escritores portugueses, entre os quais Gonçalo M. Tavares e Valter Hugo Mãe, embora com as edições brasileiras dos seus romances ... " Leia lá outra vez, faz favor ...
Ser superior e assumi-lo no contexto em que o faço, é ter consciência do meu próprio valor, não é arrogância. Se, os brasileiros nem de ler português são capazes, a ponto de terem de se fazer edições brasileiras... acha que o defeito é meu? Francamente...
E no resto quem lhe disse que é a polícia de costumes do blog? Francamente! Há quem diga que o ambiente aqui anda azedo, só podia, com estes censores por um lado e com a permissão de que anónimos comentem!
Sabem que mais? Não volto a comentar e nem a trocar uma só palavra com nenhum anónimo aqui... pelo menos que arranjem pseudónimos! Tenho um para si: Diácono Remédios... ou se preferir Sam the Eagle.
É um ser superior, já entendi. Se o blog fosse seu (mas não é!) acabavam os anónimos, tbém já percebi. Se concordam consigo, se o elogiam são "caros anónimos"; se discordam é que temos o caldo entornado, não é? Quem será mais polícia? Bolas, não o queria para governante do meu país: manias de superioridade e proibições? Nein, Danke! E já que não há diálogo possível, acabe-se o diálogo - mas não havia nexexidade! PIM!