À conversa
Dizem muitos escritores que os computadores foram uma invenção de estalo que lhes facilitou enormemente a vida, pois a mão nem sempre consegue acompanhar a velocidade a que pensam (claro que há quem prefira ainda escrever à mão e só depois passar ao computador, mas é uma minoria). O arquitecto Siza Vieira, porém, afirma que pensa a desenhar e que «há uma ligação entre mão e mente muito estreita». Mesmo depois de receber todos os prémios que podiam orgulhar alguém da sua profissão – o Pritzker, o RIBA, o Mies van der Rohe… – continua a achar que os prémios são menos importantes do que a arquitectura que se deixa – e Siza deixa muita coisa, cá e no estrangeiro, porque, embora tenha querido ser escultor, tornou-se um dos mais famosos arquitectos do mundo. É sobre a sua vida, de resto, que vai falar no próximo dia 7, às 17h00, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, no âmbito das conversas (Quase) Toda Uma Vida, dedicadas a seniores e moderadas por Anabela Mota Ribeiro, que ali acontecem uma vez por mês. Tenho também curiosidade sobre o que lê, pode ser que fale nisso.
P.S. Infelizmente, fiz este post antes de ir de férias e a conversa, pelos vistos, não vai acontecer neste dia. Mas, como verão abaixo, o substituto é de peso...