Taça da literatura
Vem aí o Mundial de Futebol, a Copa do Mundo, como lhe chamam alguns; e muitas pessoas andarão naturalmente arredadas das leituras, de tal modo o desporto-rei manda mesmo, inclusive nos leitores regulares. Mas a Universidade de Rochester, nomeadamente o seu departamento de literatura internacional, resolveu acompanhar a festa da bola com uma Taça da Literatura; e, à medida que os jogos se realizarem, fará também ela desafios entre dois livros para ver qual deles tem capacidade de ganhar. Não se trata de livros difíceis, mas de obras de todo o mundo que, publicadas originalmente já neste século – de autores em princípio mais jovens, portanto –, sejam legíveis, divertidas e interessantes. As equipas terão de defender, cada uma, «a sua dama» com argumentos sólidos, suficientemente bons para destronar a dama do outro lado; e os livros em competição vêm de muitos países, da Costa do Marfim à Rússia, do Uruguai aos Estados Unidos. Portugal também colabora, e as recomendações não vieram apenas de dentro da universidade, mas de todas as pessoas que as quiseram fazer nesta aldeia global. Mais para diante, logo saberemos se, com «tendinoses» ou sem elas, Portugal tem alguma hipótese de golear.