VGM
Com o tempo, os intelectuais portugueses foram-se transformando – e hoje faltam-nos aqueles que eram realmente intelectuais completos. Falo por exemplo de Eduardo Prado Coelho, que podia escrever com a mesma profundidade sobre livros, dança e comida, ou do recentemente desaparecido Vasco Graça Moura que, além de poeta e romancista, era um homem cultíssimo em muitas artes (um melómano confesso, de resto) e um interessante opinion-maker, mesmo que não concordássemos sempre com as suas opiniões. Mas a sociedade Estoril-Sol, que é já conhecida pelo lançamento de dois Prémios Literários (Revelação Agustina Bessa-Luís e Fernando Namora, ambos atribuídos anualmente) e também pela publicação da revista Egoísta, não esqueceu o grande Vasco Graça Moura e resolveu homenageá-lo, tornando-o patrono de mais um prémio. Desta feita, o galardão contemplará a Cidadania Cultural e, digo eu, não podia calhar melhor.