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Horas Extraordinárias

As horas que passamos a ler.

29
Fev12

As esperanças

Maria do Rosário Pedreira

Quando João Tordo venceu em 2009 o Prémio Literário José Saramago, era o terceiro autor que eu publicara a arrecadar o galardão. Generosamente, houve alguém que me chamou “preparadora física da selecção nacional” e, mais tarde, num programa de televisão emitido pelo Canal Q, o divertido Pedro Vieira chamou-me “Mourinho da literatura”. Nenhum editor treina escritores – estes já são escritores muito antes de terem editor – mas, mesmo assim, achei os epítetos bem aplicados porque acredito nas “esperanças” (roubo esta expressão ao futebol) e trabalho muito para as trazer ao conhecimento do público (é só esse, na verdade, o meu mérito, porque a paciência tem limites e muitos dos meus colegas já desistiram de o fazer). Um país sem jovens dotados não se renova e fiquei muito feliz recentemente ao saber da atribuição dos prémios no Festival de Cinema de Berlim a dois jovens cineastas portugueses (um dos quais já premiado em Cannes). Também na música e na pintura não faltam promessas. Conto, pois, com o talento desta geração para fazer a diferença neste Portugal tão cansado. Se, como dizia Agustina, esta é a era do homem comum, aplaudo obviamente todas as aberrações. Tenho, em suma, esperança nas esperanças.

6 comentários

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    António Luiz Pacheco 29.02.2012

    Talvez porque não seja "o seu género"? Mas sendo o meu, confesso que de facto não lhe encontrei qualidade para ganhar um prémio Leya ! Para mais comparando-o ao fantástico "No rasto do jaguar". Leu este? Vale a pena... enfim para os apreciadores do género, claro!
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    Anónimo 29.02.2012

    ... e qual é o género? (não li nenhum)

    PLFF

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    António Luiz Pacheco 29.02.2012

    O género de ambos:
    Ficção histórica que acompanha factos reais, desenvolvida em paralelo com eles, muita acção e aventura, em teatro de guerra.
    Note que não sou crítico nem especialista em literatura, o género que descrevo é de minha livre e certamente incipiente autoria...

    Sobretudo O Rasto do Jaguar pelo inusitado de recorrer a um índio brasileiro que será criado na França das revoltas e da comuna de finais do séc. XIX, que regressa ao país e toma parte na guerra do Paraguai.

    O Olho, passa-se em Moçambique ao tempo da Il Grande Guerra...
    A este respeito vale a pena ler Kináni ", ou, as memórias de Von Lettow .
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    António Luiz Pacheco 29.02.2012

    Não sei como apareceu aquilo ali a atrapalhar, mas é I (Primeira) Grande Guerra!
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    Anónimo 29.02.2012

    Obrigado.
    Foi muito esclarecedora a sua explicação.

    PLFF
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