Animal de hábitos
Somos animais de hábitos e reagimos negativamente a grande parte das mudanças a que somos alheios. Compro o jornal Público desde o seu primeiro número e, quando li que iria haver alterações quer no corpo do jornal, quer nos suplementos, fiquei receosa. Na segunda-feira em que saiu o novo jornal, fiquei, de facto, desconcertada com muita coisa. Não gostei especialmente de um dos letterings nas notícias – que é mais magro e menos legível do que na versão anterior – e fiquei triste com outras alterações pontuais, sobretudo a passagem do Bartoon a uma tira de quatro vinhetas seguidas ao pé da página. Era, porém, preciso esperar pelo fim da semana para perceber o que acontecera ao Y, ao Fugas e à revista de domingo. Mas, logo na sexta, senti algum alívio – o Y não era muito diferente do suplemento que o antecedeu, o mesmo acontecendo com o Fugas; e a revista de domingo, agora com a forma de caderno, quanto a mim, ganhou imenso em profundidade e legibilidade. Suponho, pois, que umas coisas compensam outras e que logo me habituarei a estes novos look e paginação. Vamos ver.