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Horas Extraordinárias

As horas que passamos a ler.

11
Jul12

A cultura é chata?

Maria do Rosário Pedreira

A caminho do emprego, ouço todas as manhãs a TSF. E, nos dias em que me atraso um bocadinho, logo que entro no carro começa o Tubo de Ensaio, de Bruno Nogueira e João Quadros. Nem sempre tem graça, ou a mesma graça, mas já lá ouvi piadas muito boas, entre as quais destaco a ideia de os olhos de Maria José Morgado serem pintados todas as manhãs por Paula Rego (o que achei muito bem visto). Mas é difícil fazer humor todos os dias, embora em Portugal haja qualquer coisa que, apesar da desgraça, nos puxa facilmente para a anedota. E, no Tubo de Ensaio, a propósito do jogo em que Portugal foi eliminado do Euro, Bruno Nogueira disse que os espanhóis tinham um futebol tão, mas tão chato que só devia passar no Câmara Clara da RTP2. Confesso que também não gostei nada do desafio e que, por isso, na altura, me ri com a ideia estapafúrdia. Mas depois, pensando no assunto, ocorreu-me que os programas culturais portugueses talvez pareçam desde sempre, pelo menos aos que não trabalham nas áreas culturais, um pouco chatos – ou porque muito certinhos, com o formato de noticiários, ou porque, em geral, muito sérios, com um entrevistado falando do seu trabalho. Confesso que estas opções podem ser bastante interessantes para quem quer ouvir determinada pessoa que já conhece; mas para um perfeito leigo na matéria serão, efectivamente, a melhor escolha? Lembro-me de que aqui há tempos havia um programa que ensinava as pessoas a corrigirem erros comuns na língua portuguesa, animado por sketches representados por Diogo Infante e outras personalidades mediáticas e baseado numa pseudo-narrativa minimamente coerente e interessante. Não sei se tinha grandes audiências, mas talvez convocasse mais espectadores. Seria possível fazer alguma coisa do género sobre a literatura ou as artes em geral?

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