Granta
A Granta é uma reputadíssima revista britânica que, desde 1983 e uma vez em cada década, lança um número especial dedicado aos autores que constituem as verdadeiras promessas literárias do futuro. Muitos dos escritores anglo-saxónicos que hoje são consagrados apareceram nestes números especiais quando ainda ninguém sabia as boas surpresas que nos reservavam (o primeiro que me ocorre, da primeiríssima leva, é Martin Amis). Em 2003, por exemplo, lembro-me de que Alan Hollinghurst estava entre as promessas da Granta – e, como ele, Monica Ali e David Mitchell. O número de 2013 está quase a chegar (suponho que em 15 de Abril) e será seguramente um bom termómetro da nova literatura britânica. Saíram também números dedicados aos romancistas com menos de 40 anos nos EUA – e Jonathan Safran Foer, que já aqui mencionei a propósito de dois romances (Está Tudo Iluminado e Extremamente Alto e Incrivelmente Perto, ambos adaptados ao cinema) foi um dos escolhidos; depois foi a vez da literatura de língua espanhola e da literatura brasileira. Mas, além dos números especiais, a revista sai regularmente com um tema específico, à volta do qual se publicam textos de ficção e não-ficção de autores de vários países. E tudo leva a crer que em breve teremos a nossa própria Granta, dirigida pelo jornalista Carlos Vaz Marques e publicada pela Tinta-da-China, pois o anúncio já foi feito por ambos. Se quiser, pode desde já tornar-se assinante. A Granta portuguesa até já tem uma página no Facebook.