A Figueira dá figos
O mais recente vencedor do Prémio LeYa – Nuno Camarneiro –, de quem publiquei em 2011 um primeiro romance intitulado No Meu Peito não Cabem Pássaros, é um escritor nascido, como João de Barros, na Figueira da Foz. Quando pus pela primeira vez os olhos na sua biografia, pensei que seria o único escritor contemporâneo figueirense que conhecia, mas logo me desenganei. A verdade é que Afonso Cruz, um outro romancista (e não só) talentosíssimo, de cujos livros já aqui falei (e que venceu recentemente o Prémio da União Europeia para a Literatura com o livro A Boneca de Kokoschka), é igualmente oriundo daquela bela cidade. Há umas semanas, descobri que a escritora e tradutora Maria Manuel Viana (cujo último livro é O Verão de Todos os Silêncios) era, do mesmo modo, uma filha da Figueira da Foz. E bem assim Gonçalo Cadilhe, o escritor de viagens que começou por descrever nos jornais as suas andanças e hoje tem um público fidelíssimo para os seus vários títulos publicados. Esta Figueira dá figos, está visto. E não só na literatura: tanto João Mário Grilo como João César Monteiro são de lá…