Poesia e redes sociais
Tendemos a tornar nossos amigos nas redes sociais aqueles que conhecemos directa ou indirectamente, mas que cremos estarem interessados no que publicamos ou darem-nos material de leitura agradável. E, depois, há também um sem-número de entidades colectivas às quais nos associamos em virtude das afinidades que sentimos (é, pelo menos, o meu caso). Há já muito tempo fiz-me «amiga» de um grupo no Facebook que dá pelo nome de Quem lê Sophia de Mello Breyner Andresen, grupo esse com numerosos membros que, já se sabe, gostam da poesia de Sophia e da de outros poetas portugueses, que divulgam de forma militante. Não pensava que iria um dia conhecer os responsáveis por essa página, mas eles apareceram há uns meses no lançamento da minha Poesia Reunida e apresentaram-se. De algum tempo a esta parte, organizam uma sessão mensal com um poeta na Livraria Férin, em Lisboa, e convidaram-me para estar presente hoje às 18h30 (sucedo a Maria Teresa Horta, pas mal). Como recusar uma conversa com quem gosta de poesia?