O poeta e a rainha
No dia 1 deste mês, o poeta Nuno Júdice recebeu das mãos da monarca espanhola, em Madrid, o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. Este prémio, que visa galardoar uma obra de inegável interesse no contexto da Península Ibérica e é atribuído pelo Património Nacional de Espanha e pela Universidade de Salamanca, fora apenas entregue uma vez a um português – no caso, Sophia de Mello Breyner Andresen. O autor, que é também ficcionista, ensaísta e dramaturgo, viu já a sua obra merecer muitos outros prémios de relevo, por romances ou colectâneas de poemas, como os da APE e do PEN Clube e bem assim o Prémio D. Dinis ou o Fernando Namora. Mas um prémio desta craveira é excepcional, até porque permitirá certamente maior atenção à nossa poesia por parte dos nossos vizinhos. Nuno Júdice acaba de lançar um novo poemário, Navegação de Acaso, nas Publicações Dom Quixote. Espero que esta distinção, amplamente difundida nos meios de comunicação, leve alguns dos que não o conhecem a lê-lo e apreciá-lo.