O doce fado
Quem gosta de bolos de pastelaria pergunta-se frequentemente se poderia fazê-los em casa. E, sim, pode. Há mais ou menos um ano que a fotógrafa Clara Azevedo e o designer Luís Chimeno reuniram num livro intitulado Doce Lisboa as receitas dos bolos das principais pastelarias da capital; e, por isso, se alguém se quiser atrever a confeccionar em casa jesuítas, bolos-de-arroz, palmiers, duchesses ou bons-bocados (entre muitos outros ícones da pastelaria portuguesa), tem à sua disposição uma verdadeira cartilha – com a vantagem de as receitas terem o aval das confeitarias que fazem as nossas delícias: da Benard à Mexicana, passando pela Suíça, a Confeitaria Nacional, a Versalhes ou a Rosa Doce. Mas o par de autores ganhou balanço e não sossegou enquanto não repetiu a façanha: um ano depois, resolveu oferecer-nos Tudo Isto É Fado, obra que reúne os petiscos que podem ser saboreados nas principais casas de fado de Lisboa. Para quem não gosta de doces, portanto, aqui estão os salgados mais fadistas da capital, numa apresentação gráfica cuidada que, a quem não cozinha (é o meu caso), dá vontade de visitar as tasquinhas e as catedrais e ouvir um ou mais fados enquanto se delicia com umas iguarias.