Bíblia africana
Conheci Mário Lúcio Sousa Mendes em Março, na cidade de Brasília, aonde ambos fomos discorrer sobre o futuro da língua portuguesa. Dizia a papelada que nos entregaram que era um músico cabo-verdiano, embaixador cultural, ex-deputado e outras coisas assim. Que era também bom orador, fiquei a saber ao ouvi-lo. Mas do romance que escreveu – e que ganhou a última edição do Prémio Carlos de Oliveira – foi ele quem me falou (e fiquei, devo dizer, muito curiosa). O livro chegou por e-mail e estou contente por poder salvá-lo de uma edição mais ou menos institucional e universitária (prevista para os vencedores deste prémio) que o afastaria de um número imenso de pessoas que merecem lê-lo. Pois O Novíssimo Testamento (assim se chama a obra, e que obra!) é ficção em forma de delírio. Seguramente voltarei a ele mais para a frente neste blogue, mas para já vale a pena reter este teaser: E se Jesus tivesse ressuscitado mulher, hã? Prepare-se para acolher mais um escritor africano de mão cheia que, ainda por cima, vem a Portugal em Outubro lançar o seu próximo CD, no qual canta com Gilberto Gil, Harry Belafonte, Cesária Évora, Teresa Salgueiro e outros.