Humilhação
Humilhação é o título do último livro de Philip Roth publicado em Portugal (na verdade, o seu penúltimo e trigésimo livro). Ainda não o li, mas, do que conheço da obra do autor e de tudo aquilo que li na imprensa e na Internet sobre o romance, não hesito em aconselhá-lo sem reservas. Depois de cinquenta anos a escrever e com 78 anos feitos, Roth – que confessou numa entrevista que agora prefere escrever a marchar como forma de luta – já merecia o Nobel, a par de outros grandes da literatura internacional, como Kundera, que acaba de ver a sua obra publicada na prestigiada Pléiade (e é também um feroz candidato). Repare-se, porém, que, apesar de trinta e um livros publicados, o grande senhor norte-americano não começou demasiado cedo, deixando-se amadurecer antes de se estrear, o que é um óptimo conselho contra a pressa de muitos principiantes que, ainda na Escola Secundária, já enviam livros às editoras. Só não lhes dizemos «Cresça e apareça» porque seria mesmo uma humilhação...