Embora haja uma leitora deste blogue que descobriu que os meus posts sobre poesia são os que menos comentários têm, nem por isso posso deixar de falar do tema, sobretudo tratando-se de alguém que merece ser lido e apreciado por todos. Por ocasião do recente congresso dedicado a Ruy Belo, a Assírio & Alvim pôs na rua nada menos do que três títulos: Homem de Palavra(s), saído pela primeira vez nos Cadernos de Poesia da Dom Quixote em 1970, ainda no tempo de Snu Abecassis; uma antologia de textos escolhidos por um outro grande poeta – Manuel Gusmão – que dá pelo nome de Na Margem da Alegria; e ainda um belíssimo álbum de Duarte Belo, filho de Ruy, que reúne fotografias de manuscritos, objectos, jornais onde saíram textos do poeta, máquinas de escrever que este usou e até capas de livros – e cujo título é O Núcleo da Claridade. Uma boa maneira (ou três) de conhecermos melhor o escritor ou de travarmos finalmente conhecimento com ele.
3 comentários
ASeverino 12.12.2011
Obrigado Luís Bento, por me teres poupado as palavras que queria dizer...
Confesso que ainda não aprendi a gostar de poesia, o relógio não pára e tenho tantos livros (prosa) na prateleira lá de casa a olharem para mim....
Mas há dois poetas que não esqueço e de que gosto imenso: ANTÓNIO ALEIXO e PEDRO HOMEM DE MELO.
Caro António Severino Sem dúvida dois excelentes poetas! Porém o poeta da minha predilecção é sem dúvida António Gedeão, creio que foi o poeta do nosso tempo e geração... aconselho vivamente a sua leitura -Poesias Completas. Há poemas que são imorredoiros e estão actuais, quer sejam cantados por Manuel Freire ou simplesmente lidos, pois para mim espelham a nossa alma portuguesa e a realidade. Além dos sonetos de Camões... pois claro.
E logo eu, barrão e ignorante, que não sou leitor de poesia atrever-me a fazer um post destes! Estarei a ficar presunçoso e tolo com a idade??? Perdoem-me!