A mãe
Bem sei que o Dia da Mãe já lá vai há mais de uma semana, mas dei comigo a pensar nele porque, de repente, parece que a Mãe se tornou tema de uma data de livros que saíram quase ao mesmo tempo ou, pelo menos, nos últimos meses. Falo de uma colectânea de poesia (a primeira, de resto) do editor e escritor americano John Freeman (o senhor que dirigiu a revista Granta e a tornou ainda mais famosa no mundo inteiro) intitulada Mapas (Tinta-da-China), que versa o luto materno, também ponto de partida de dois outros livros: Em Tudo Havia Beleza, romance de Manuel Vilas (Alfaguara) que vendeu milhares de exemplares no país vizinho com o título Ordesa (a montanha aonde o autor ia com os pais) e Filho da Mãe, de Hugo Gonçalves (Companhia das Letras), que é um texto semiautobiográfico. Além destes, descubro ainda o livro Mães Que Tudo, de contos (Companhia das Letras), em que escrevem apenas mulheres. A mãe (salvo seja) posta a render pode dar bons resultados. Os lucros serão nossos, claro.