Afinal, havia outra
Aqui há tempos queixei-me de que não havia em Lisboa nada como o Café Pinguim do Porto, onde há muitos anos se declama poesia (aliás, aproveito para agradecer aqui ao Eduardo Leal a oferta da Antologia dos Poetas da Cave nas últimas Correntes, obrigada!). Logo no dia seguinte a ter publicado o post, recebi uma mensagem via Facebook informando-me de que estava enganada e no Teatro Cinearte: A Barraca, ali a Santos, se diz poesia todas as quintas às 22h30 e já vão na 70.ª sessão (perdão, não sabia mas prometo ir quando puder). E um dia destes, no jornal Público, num artigo sobre a «nova moda» das tertúlias em Lisboa, descubro que também no Bar do Teatro Rápido, ao Chiado, se lê poesia à quinta-feira (embora aqui as leituras sejam espontâneas e, portanto, nunca se saiba o que se vai ouvir, mas também, como diz o organizador, «aqui não há pedestais»). No Povo, um bar do Cais-do-Sodré, há igualmente leituras de poesia às segundas (e fado todos os dias), pelo que a leitura de poemas é habitualmente acompanhada de música, o que fica sempre bem. De um género mais performativo (com cenário, actores e tudo), a poesia tem também voz no Café Zazou, perto da Sé, onde desde Setembro do ano passado há dias dedicados à leitura (também de contos). Afinal, havia outras, e eu é que estava «desinformada»…