Ainda a ortografia
Dizem-me que as pessoas sempre deram muitos erros de ortografia, que não é só de hoje; mas, por acaso, na escola primária que frequentei (na qual se aprendia pela Cartilha Maternal de João de Deus) dar erros era uma humilhação e, quando uma menina tinha mais de três erros num ditado, era mesmo uma escandaleira e uma vergonha. Talvez fosse só ali, na escola João de Deus, por o patrono ter criado um método de aprender a ler que foi muitíssimo popular e eficaz, mas, naquela escola ou nas outras onde andei, procurei sempre escrever com correcção. Hoje, muitos dos que me mandam livros para publicar preocupam-se estranhamente pouco (ou nada) com a questão ortográfica, o que fica muito mal a um escritor. E há dois erros que se repetem em quase todos os originais: o «eminente» por «iminente» (o que está para acontecer, «iminente», nada tem que ver com a elevação e a importância do «eminente»); e o «edílico» por «idílico». Será que a pessoa estará sob algum transe «etílico» e só considera que existe «idílio» quando há álcool à mistura? Bem, desculpem lá mais um post pedagógico, mas há erros que já cansam e, assim, se os perpetradores lerem o meu blogue, pode ser que aprendam de uma vez por todas.