Amizade
O Facebook existe e vai lá muita gente (há mesmo quem passe lá o dia). Sei da sua importância nos dias que correm e, por isso, vou lá diariamente pôr o link deste blogue e, uma vez por outra, ler os comentários (em muito menos quantidade do que aqui). Mas raramente publico coisas no meu mural, embora receba imensas mensagens de pessoas que querem publicar os seus livros (talvez porque não tenham o meu endereço de e-mail profissional), o que também vai sendo cada vez mais frequente sempre que participo num encontro, num debate, numa leitura de poesia (os escritores proliferam como cogumelos, e não posso ir a lado nenhum que não apareça alguém com um maço de folhas num pacote para me sondar). Um dia destes, recebi do Facebook uma mensagem a avisar-me de que tinha quase 1000 pedidos de amizade que ignorei; e que devia aceitar os que me interessavam ou eliminar os que não me interessavam, pois de outro modo não poderia receber outros. Pasmei. Quase mil pessoas a quererem ser minhas amigas? E porquê? Podia ficar toda inchada, é certo, mas mais me parece que pelo menos metade serão escritores a precisar de quem os leia. Não, lamento, já tenho demasiados amigos no Facebook que o não são realmente (não tenho é tempo para fazer uma limpeza). E a minha pilha de livros por ler já chega ao tecto.