As listas
Valem o que valem, é a verdade, as listas dos melhores livros, álbuns, filmes, peças de teatro, exposições, que os jornais publicam no final de cada ano. Em Portugal, custa-me dizer, não valem assim muito porque, no que toca, por exemplo, aos livros, estes são distribuídos pelos críticos e, portanto, o que um lê o outro habitualmente não lê, ou seja, haverá poucas obras que todos leram e todos gostaram (o «melhor do ano» é o que tem mais votos, em suma). Mesmo assim, as listas são um bom indicativo do que se anda a publicar e, quanto às estrangeiras, elas já foram um excelente guia para nós, editores, sobre o que ia saindo lá fora e o que fazia sucesso, num tempo em que não havia Internet e, como tal, só tínhamos conhecimento dos livros depois de estarem publicados. Hoje, recebemo-los ainda em Word ou em provas num PDF, e às vezes querem que os compremos com apenas uma sinopse, sobretudo se o autor for conhecido. Por isso, há já muitos livros nas listas de jornais estrangeiros que já estão publicados em Portugal e que até saíram ao mesmo tempo que a edição original (lembro-me de que isso aconteceu, por exemplo, no passado com alguns volumes da série Millenium ou com a biografia de Mandela). Em todo o caso, como gosto sempre muito de bisbilhotar o jornal The Guardian, deixo-vos a lista deste ano dos seus críticos.
The best books of 2021 | Best books of the year | The Guardian

