Ausência
Desculpem, queria ter deixado posts prontos para os três dias que vou estar na Galiza a dizer poemas, mas não consegui. Imprevistos e mais imprevistos roubaram-me o tempo todo e agora só posso voltar aqui na quinta. Entretanto, leiam por favor o novo romance de Mário Cláudio, Embora Eu Seja Um Velho Errante. É o livro que sela a relação do escritor com o poeta Tiago Veiga de quem, no passado, editou alguns livros de poesia e sobre o qual teceu uma longuíssima biografia que o arrancou do esquecimento. Muitos desconfiam de que Tiago Veiga é uma invenção, mais um heterónimo do autor. Mas como explicar que os dois apareçam juntos numa fotografia de um velho jornal pouco antes da morte do biografado? O presente livro, dividido em três partes, toma como ponto de partida documentos encontrados depois já de publicada a biografia, um dos quais é um diário da segunda mulher de Tiago Veiga, a pintora irlandesa Ellen Rasmunssen, que, indo fotografar os tuberculosos num sanatório, acabou por contrair a doença e apagar-se no Caramulo. Uma obra, como sempre, a não perder!