Boas notícias
Não votei PSD, mas tiro o chapéu a este governo por ter interrompido a entrada de mais turmas no programa-piloto de manuais escolares digitais que em Setembro entra no seu quinto ano de experiência. Depois de em outros países se ter chegado à conclusão de que o impacto foi claramente negativo, sobretudo no primeiro ciclo do Básico; depois de centenas de estudos científicos terem provado que, quando os ecrãs substituem o papel, a capacidade de retenção de conhecimentos diminui (e terem por isso voltado atrás), aqui em Portugal havia a intenção de juntar mais vítimas ao programa no próximo ano lectivo, mas graças a Deus o Ministério da Educação achou que já chegava de desgraçados para poder fazer o balanço e tirar conclusões. Mesmo assim, o projecto prosseguirá mais um ano para cerca de 24.000 alunos (começou em 2020 com cerca de 1050, triplicou no ano seguinte e foi-se sempre multiplicando por turmas e alunos que, coitados, segundo os especialistas, já tinham sido bastante penalizados com a escola online dos confinamentos pandémicos). No Norte da Europa, já abandonaram os manuais escolares digitais, reconhecendo que o papel torna mais fácil localizar e memorizar e que escrever à mão ajuda a pensar e é extremamente importante para estudar e reter a matéria. Livrem-se desta coisa de uma vez por todas, aprendam com quem já experimentou.