Bons indícios
Em Portugal lê-se pouco, e também se lê muitas vezes mal (vale a pena olhar para os TOP e ver os livros dos primeiros lugares para concordar com isto). Ainda assim, apesar de em todo o lado se dizer que nunca a poupança cresceu tanto como neste período da pandemia (pudera, as pessoas não só tiveram medo de perder os empregos e quiseram garantir uns meses de sobrevivência, como sobretudo, em teletrabalho, não saíram para gastar dinheiro), a verdade é que em 2021 os Portugueses gastaram mais dinheiro em livros (as vendas de livros cresceram cerca de 14%, ao que leio). A juntar a isto, a Feira do Livro de Lisboa há muitos anos que não registava números tão bons, fosse nas receitas propriamente ditas, especialmente na Hora H, fosse no número de visitantes, que superou o dos anos anteriores, situando-se nos 350.000. Dizem também alguns inquéritos feitos em território nacional que as pessoas continuam a considerar um livro um dos melhores presentes que podemos dar e que, em consonância, ofereceram bastantes livros no último Natal. Bem, claro que 2021 continuou a ser um ano atípico, mas será que podemos pensar que são bons indícios para o futuro? Oxalá não seja tudo mera excepção.