Cavalos-marinhos
Aqui há uma semana, mais coisa menos coisa, recebi uma mensagem muito especial de um Extraordinário. Além do que dizia a própria mensagem, que era só para mim, havia um link para um texto de um blogue que, curiosamente, me fez lembrar A Metamorfose dos Pássaros, um filme de Catarina Vasconcelos que ganhou já vários prémios internacionais. Não sei se o viram, mas é um objecto artístico muitíssimo especial sobre o amor, a distância e a orfandade (e as coisas que definem algumas pessoas) a que eu chamaria, para resumir, um poema cinematográfico. Por isso me pareceu que ele aqui cabe, até porque o texto do filme talvez pudesse ser lido em vez de ouvido, de tal modo é, a todos os níveis, literário, mas sem que isso torne o filme chato (podia acontecer) ou difícil (costuma acontecer, mas não é o caso). Voltando ao início, há uma cena muito bonita no filme em que a mãe que tem o marido ausente e os seis filhos pequenos em casa recebe de longe um cavalo-marinho fossilizado e o põe, como um brinco, na orelha. Ora, o texto que recebi na mensagem do Extraordinário tinha também que ver com um cavalo-marinho e, por isso e por achar que deve ser lido, partilho-o convosco. Bons filmes, boas leituras.
https://luizrobalo.blogspot.com/2022/01/cavalo-marinho.html