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Horas Extraordinárias

As horas que passamos a ler.

27
Fev23

Censura

Maria do Rosário Pedreira

Os grandes problemas da Humanidade não andam, infelizmente, nas bocas do mundo. A fome, por exemplo, desapareceu dos discursos políticos: cá (onde há um quinto de pessoas no limiar da pobreza) e em toda a parte, porque mesmo as grandes potências preferem não falar disso a confessar que pouco fazem para minorar, por exemplo, a morte infantil por falta de alimento em países com grandes secas ou guerras infindáveis, sobretudo em África. Os assuntos preferidos são agora as ditas questões fracturantes, que não só ocupam tudo e todos (redes sociais incluídas), mas entram em excessos que roçam o ridículo. Num artigo recentemente publicado pelo Observador, ficámos a saber que as obras do genial Roald Dahl (sim, o de Charlie e a Fábrica de Chocolate), autor que deve ter feito milhões de leitores em todo o mundo, vão ser «censuradas»: desaparecerão os «gordos» e os «feios», por exemplo, para não ofender as criancinhas, e a editora Puffin contratou leitores para anotar tudo o que não seja linguagem inclusiva e reescrever os livros adaptando-os aos tempos actuais. Santo Deus, já estou a ver a professora que puxa as orelhas riscada das histórias e, assim, ser o senhor Dahl privado da graça que lhe achávamos quando víamos na nossa cabeça as orelhas tocarem o tecto. Além de que me parece realmente um abuso mexer na obra de alguém que está morto e não se pode defender. O que vale é que ainda há quem faça humor com estas atitudes, como poderão ver abaixo...

Em tempo: Já tinha o post programado quando leio que, devido a forte pressão internacional, a Puffin vai adiar estas medidas. Veremos se a pressão em sentido contrário não vai de novo mudar tudo...

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