Crónica, crise e estantes
Queridos Extraordinários, hoje é dia de crónica e está aí o link. Uma nota: é a última crónica... O jornal Diário de Notícias avisou-me delicadamente de que não iria poder pagar-me neste momento tão difícil para toda a comunicação social e a crónica ficaria suspensa por dois meses; se as coisas melhorassem em Junho, talvez regressasse às suas páginas. Mas, uns dias depois de ter sido «notificada», a mesma direcção que me convidou demitiu-se, não aguentando a imposição de tantos cortes... Por isso, não vejo hipótese de voltar com o meu Adeus, futuro. E tenho pena, estava a gostar mesmo muito de olhar para trás e para diante e de chamar a atenção para tanta coisa que aí vem que não vai ser como gostaríamos. Enfim, também sei que é mais importante pagar salários do que pagar a colaboradores. Despedi-me com cinema.
https://www.dn.pt/edicao-do-dia/04-abr-2020/cineminimo-12026139.html
Para não ser tudo tão triste, aqui vai uma graça que encontrei por aí. Todos os comentadores de TV aparecem agora em suas casas com umas estantes cheias de livros atrás deles, e há quem suspeite de que seja só cenário, o que até já gerou piadas de Ricardo Araújo Pereira. Os espanhóis, porém, descobriram o segredo. E devem estar ricos. Ora vejam:
Para hoje sugiro A Herança de Eszter, um dos mais belos livros de Sándor Márai, conhecido sobretudo por As Velas Ardem até ao fim.