Crowdpublishing
Se eu não tenho dinheiro para publicar um livro de que preciso ou que desejo desesperadamente ler, mas sei que há muitas pessoas que também precisam ou gostariam de lê-lo, então talvez possa tentar chegar a essas pessoas através das redes sociais ou de sites de livros e pedir que, todas juntas, com a contribuição de cada uma, o publiquemos. Depois de o livro ficar disponível nas livrarias, muitas outras pessoas que se calhar nem sabiam que queriam aquele livro (podiam nem saber da sua existência), acabarão por comprá-lo também, enriquecendo os seus conhecimentos e, supostamente, o colectivo de leitores que entraram com o dinheiro para o imprimir. O crowdfunding está na moda em muitas áreas (cinema, por exemplo), mas na edição portuguesa é bastante recente e ainda raro. Vejo, porém, que se tornou corrente na Flop Livros de Rui Manuel Amaral, que está a publicar, entre outras coisas, clássicos da literatura (por exemplo, a poesia de Kaváfis) e na E-Primatur, gerida por editores que já trabalharam em grandes grupos como a Babel e a Almedina e hoje se dedicam a imprimir livros essenciais (a obra completa de Mário-Henrique Leiria, por exemplo), desafiando os leitores a construírem com eles o catálogo. Porque a ideia é boa, deixo aqui os endereços das respectivas páginas. Vale imenso a pena visitá-las e, claro, contribuir – até porque os livros ficam realmente muito mais baratos para quem avança com o dinheiro.
https://www.facebook.com/eprimatur/
P.S. Pelos vistos, o crowdfunding não é exactamente o que é praticado pela FLOP, mas para quem queira saber mais os comentários no blogue são esclarecedores.