Farmácia literária
Já aqui disse que muitos dos escritores portugueses estreados neste milénio são oriundos de áreas de conhecimento ditas científicas: engenheiros, físicos, arquitectos, médicos... o que não é, aliás, de estranhar, pois entre os estudantes de Letras estão provavelmente muitos que não entraram nos cursos que desejavam por falta de nota (é que para ir para Letras não são precisas, sabe-se lá porquê, médias altas). Mas as ciências sempre receberam bem as letras, e agora é o Museu da Farmácia que o vem provar com uma mão cheia de actividades: não só um clube de leitura (Rodrigo Guedes de Carvalho vai estar à conversa com os seus membros na noite de dia 29 sobre o seu mais recente romance, Margarida Espantada), como tem sessões de poesia (a próxima, com colaboração dos poetas Inês Fonseca Santos e António Carlos Cortez, é mais logo, às 19h00) e depoimentos de escritores sobre a criação e a leitura em tempos de pandemia. E há mais, claro, todos os meses, incluindo uma programação especial para crianças muito atraente. Vamos à farmácia tomar a cura para os nossos males? Vamos!