Ilustração portuguesa
Tenho aqui dito várias vezes que um dos ramos em que a edição portuguesa mais se tem desenvolvido é a ilustração, com dezenas de nomes tornados famosos em todo o mundo, desde João Fazenda, Bernardo Carvalho, Yara Kono ou André Letria. Quando me pediram uma vez que dissesse os títulos de dez livros da primeira década do século XXI que achasse inescapáveis, um dos que mencionei era O Meu Avô, de Catarina Sobral, que achei mesmo imperdível para todas as crianças. E hoje soube que, depois de muitos prémios internacionais e traduções, a Catarina foi a artista escolhida para desenhar o cartaz do Festival de Literaturas Europeias de Cognac, um festival que tem, aliás, por objectivo a promoção da leitura e que tem Portugal em 2022 como país-convidado. A newsletter que mostra o cartaz apresenta-nos sumariamente Catarina Sobral, mas não só: fala do fado, dos azulejos, do segredo bem guardado dos pastéis de Belém, e também de escritores premiados pelo festival em edições anteriores, como David Machado, Isabela Figueiredo ou Afonso Cruz. O cartaz de Catarina Sobral inclui a guitarra portuguesa, os cravos e, através da janela, ao longe, os nossos queridos jacarandás. Vamos acompanhando o festival de Cognac à medida que cheguem novidades.