Amanhã começa mais uma edição de Livros a Oeste, o festival literário que ocorre anualmente na Lourinhã e que tem como curador o jornalista e animador cultural João Morales, homem de sete ofícios que também faz rádio e podcasts e escreve nos jornais. A iniciativa, que já tem uns aninhos e se prolonga este ano até ao dia 15, traduz-se por manifestações culturais e artísticas de diversas áreas, mas, como não podia deixar de ser, privilegia o livro e a leitura e tem uma importante componente escolar em todo o concelho. Muitas dessas sessões pensadas para o público juvenil terão, de resto, lugar nas escolas, aonde os escritores já vão há algum tempo, reservando-se então as apresentações e mesas-redondas vocacionadas para o público adulto à versão digital (que remédio), como vem sendo hábito desde que o vírus se imiscuiu na nossa vida e mudou os hábitos e rotinas de todos nós. O programa completo pode ser consultado aqui:
Fernando, quanto aos livros de cow boys, nem pense que os intelectuais os achariam leitura demasiado popular. Lobo Antunes, por exemplo, adorava o Mosquito e já o disse publicamente.No fundo, penso que para chegar à verdadeira literatura é preciso ler de tudo.
Caríssima Rosário No fundo, na infância de cada um, há sempre um começo, não necessariamente pela leitura dos clássicos. Os livros de leitura mais leve, menos densa, com aventuras ou de passagens cor-de-rosa tiveram, em grande parte dos casos, a oportunidade de servirem de aperitivo para a grande degustação literária. Certamente, com o avançar da idade, o gosto por outros géneros de literatura e de arte escrita ou figurada, foi-se aperfeiçoando e ampliando. Tivessem alguns dos jovens de hoje uma forma de aprenderem a apreciar o prazer da leitura em papel.