Mais Eça
Eça de Queirós foi recentemente objecto de uma infinidade de textos de opinião na imprensa portuguesa pelo facto de o Ministério da Educação ter tornado facultativa a leitura do seu romance Os Maias (e, mais tarde, ter revisto a sua posição). Há quem pense que, de facto, metade dos alunos, viciados em smartphones e leitura rápida, já não conseguem compreender a prosa queirosiana (ou mesmo grande parte do que é literário); e há quem saiba também que muitos professores dão Os Maias apoiados nos manuais e guias do professor que lhes fazem a papa toda, mas que eles próprios, afinal, não os leram quando eram da idade dos seus alunos. Eça, nos 130 anos da publicação da sua obra-prima, vai ser o tema de mais uma sessão do Ler no Chiado, conduzida pela jornalista Anabela Mota Ribeiro (se calhar ainda não refeita das actividades na Feira do Livro do Porto, que ainda agora terminou). É já hoje à tarde, pelas 18h30, na Livraria Bertrand do Chiado, em Lisboa, e contará com a prestimosa colaboração do professor Carlos Reis, que falará decerto das figuras maiores criadas pelo grande mestre: Carlos da Maia e João da Ega, José Fernandes e Jacinto, o conselheiro Acácio, o José Matias, o padre Amaro, Maria Eduarda e tantas outras. Para quem queira aprender sobre Eça sem ser pelos insossos manuais, aconselho esta sessão.