Males invisíveis
Quando por vezes entrevistam os vizinhos de um homem que matou a mulher ou a namorada, esses dizem que não faziam ideia de que o assassino fosse uma pessoa violenta ou perturbada. Por outro lado, na sequência de um suicídio, amigos e famílias ficam frequentemente surpreendidos e à procura de razões. O desequilíbrio e a doença psíquica podem ser invisíveis e, mesmo quando o não são, representam um estigma que leva muita gente a não procurar uma saída enquanto é tempo. Uma Dor tão Desigual resultou de um desafio feito pela Ordem dos Psicólogos a oito autores para que explorassem as fronteiras múltiplas e ténues que definem a saúde psicológica e o que dela nos afasta. Em estilos muito diferentes, um leque extraordinário de escritores (Afonso Cruz, Dulce Maria Cardoso, Gonçalo M Tavares, Joel Neto, Maria Teresa Horta, Nuno Camarneiro, Patrícia Reis e Richard Zimler) brinda-nos com textos que mostram como qualquer um de nós pode viver momentos difíceis e precisar de ajuda. São histórias de perda, solidão, fraqueza e delírio, mas também de esperança e humanidade. Pretende-se com este livro combater preconceitos, despertar consciências e ajudar a encontrar uma saída. A capa é do magnífico André Letria.