Novas Cartas Portuguesas
Este é um daqueles títulos que vêm sempre à tona quando se pensa em livros censurados durante a ditadura, em feminismo, em liberdade e em mulheres de coragem. E a verdade é que as Novas Cartas Portuguesas já têm... 50 anos! O livro foi escrito por três mulheres notáveis (Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta), as duas primeiras infelizmente já desaparecidas (mas presentes nos muitos livros que escreveram), e tem uma edição nas Publicações Dom Quixote com a organização e o comentário avisado da poetisa e professora universitária (e também feminista) Ana Luísa Amaral. Ora, é justamente sobre este livro-marco que hoje se inaugura uma exposição no Museu do Aljube Resistência e Liberdade (no edifício que foi ourora uma prisão política). Chama-se Mulheres e Resistência, Novas Cartas Portuguesas e Outras Lutas e pretende homenagear as mulheres que, ao longo de 48 anos, foram determinantes na luta antifascista e na conquista da liberdade. A exposição ficará aberta até ao final do ano. Entre outras coisas certamente mais interessantes que tem para ver, está um poema meu. Foi um desafio que gostei muito de aceitar.