O Brasil em Portugal
Na semana passada foi anunciado mais um vencedor do Prémio LeYa (que é para romances inéditos em língua portuguesa). Nesta edição, concorreram mais de 900 livros vindos de muitos países do mundo, incluindo os Emirados Árabes, denotando que aí vive algum escritor ou escritora de língua portuguesa; só obras enviadas do Brasil foram mais de 500! E, pela terceira vez em quatro anos (durante o ano da pandemia não se atribuiu o prémio), a obra vencedora foi justamente de um autor brasileiro. Depois de Itamar Vieira Junior (que começou com o Prémio LeYa a sua jornada de sucesso, tendo vendido só no Brasil mais de 700 000 exemplares de Torto Arado, hoje vendido em mais de vinte países), Celso Costa venceu com um romance que evoca a importância da educação intitulado A Arte de Driblar Destinos e, há dias, foi Victor Vidal o autor de Não Há Pássaros Aqui (que terei o prazer de ler pela primeira vez não tarda). Curiosamente, a última edição do Prémio Literário José Saramago contemplou a obra de outro brasileiro, Rafael Gallo, Dor Fantasma; e até o recentíssimo Prémio Armando Baptista-Bastos, instituído pela Junta de Freguesia de Santa Maria Maior em Lisboa e cuja primeira edição aconteceu este ano, foi dado a um jornalista brasileiro residente em Portugal há vários anos, Álvaro Filho, com o livro Disfarça, Que Lá Vem Sartre. É o Brasil a fazer das suas em Portugal!