O fado do fado
Leio quase tudo o que encontro sobre fado. Não só é um assunto que me interessa desde há muito, mas também escrevo uma crónica mensal no premiado jornal digital A Mensagem de Lisboa sobre a matéria e, por isso, estou constantemente à procura de histórias e episódios engraçados para dividir com o público. É sobretudo por causa disso que me interessa divulgar um livro que acaba de sair (o lançamento será no dia 17, na Fundação José Saramago), da autoria de Sérgio Luís de Carvalho, intitulado Lisboa Fadista. Fala de tudo um pouco: das origens sempre polémicas e discutíveis da canção de Lisboa até ao seu estatuto de património imaterial pela UNESCO, sem dúvida merecido. Como passou o fado de uma arte fechada nas casas de fado para os grandes palcos? Como foi que, depois de adorado e trauteado por todos os Portugueses, levou uma tareia tal depois da Revolução que só era cantado lá fora e se tornou uma canção quase envergonhada, recuperando apenas a sua popularidade mais de vinte anos mais tarde? Como se tornou o fado um símbolo do País e nos faz levar a mão ao peito e comover, sobretudo quando o ouvimos fora de Portugal e com saudades de casa? Tudo isto está, pelos vistos neste Lisboa Fadista. Se gosta de fado, não o pode perder.

