O fado e o 25 de Abril
Conheci o jornalista Miguel Carvalho há muitos anos em Gaia, onde dinamizava um clube de leitura numa livraria Almedina com o astrónomo Miguel Gonçalves, que hoje colabora com a TV. Miguel Carvalho trabalhava então na Visão, que abandonou apenas há pouco tempo, e mais tarde surpreendeu o País com um livro sobre um lado completamente desconhecido de Amália Rodrigues (Amália: Ditadura e Revolução). Se a diva do fado foi quase sempre tida como uma pessoa de Direita, privando, como sabemos, com grandes gestores do tempo de Salazar, na verdade chegou a ajudar, incluindo financeiramente, alguns membros do Partido Comunista. Foi ainda indo atrás deste mote que Miguel Carvalho lançou o ciclo de conversas As Portas Que Amália Abriu - Fado e Liberdade, que tem tido lugar no Museu do Fado e que, combinando pessoas de várias áreas, como Joana Mortágua, João Gobern ou Mitó Mendes, hoje terminam com um diálogo entre esta vossa criada e a fadista Aldina Duarte às 19h00. Apareçam.