O que ler a seguir
Quando estou de férias numa praia em que há ingleses, reparo com agrado que as crianças se fazem acompanhar quase sempre de um livro, por pouca idade que tenham. No Reino Unido os hábitos de leitura na infância estão completamente enraizados e isso pode também ser explicado pela quantidade de autores britânicos de excelência que escrevem para crianças há mais de um século. Dizem-me que em Portugal os mais novinhos também lêem bastante, mas que perdem esse bom costume na viragem para a adolescência ou um pouco mais tarde, pois não existe uma literatura de transição. Eu cá passei dos livros infantis para os de adulto, mas presumo que não seja assim com toda a gente. Encontrei, porém, esta ideia genial no Facebook de Nelson Ferreira da Silva (acompanhem-no, porque se encontram coisas muitíssimo interessantes entre o que divulga): usando as linhas de metro (e cada linha tem uma personalidade específica que corresponde ao género preferido por um determinado grupo), traça-se um percurso em que, depois de lido um livro (uma estação) se sugere passar a outro (a estação seguinte). Uma ideia que só podia ser inglesa, digo eu, gizada pela biblioteca infantil do Barbican Centre, e que seria maravilhoso que o nosso PNL, por exemplo, fizesse nas escolas portuguesas. E porque não para adultos também? Eu cá estou com dúvidas sobre o que vou ler a seguir...