Olhar para trás
No ano em que a FNAC comemora o seu 25.º aniversário, a revista Estante publica um artigo sobre livros que marcaram os últimos vinte e cinco anos, ou seja, desde 1998 até hoje. Mandaram-me o link e, ao «folhear», fosse nos destaques, fosse nas obras referidas como igualmente importantes, descobri vários livros que publiquei e, desculpem lá, fiquei orgulhosa: começou logo em 1998, com As Partículas Elementares, de Michel Houellebecq (curiosamente, no ano em que comecei a Temas e Debates e estava a construir uma colecção de ficção que tinha capas e projecto gráfico da autoria de António Rochinha Diogo); em 2000, seria a vez de Escrever, de Stephen King (que editei com o Círculo de Leitores que publicava também os seus livros de suspense e terror, mas que era um ensaio admirável que foi recentemente reeditado e deve ser lido por todos os que querem publicar). Em anos subsequentes, a pérola que é Morreste-me, de José Luís Peixoto (um livro que nunca morre e está sempre a ser traduzido e reimpresso); As Três Vidas, de João Tordo, que muito justamente ganhou o Prémio Saramago, entregue ainda pelo nosso Nobel durante a Escritaria de 2009, em Penafiel; e A Vegetariana, de Han Kang, esse livro incrível que levou o Booker Prize internacional no Reino Unido e também continua a ser regularmente reimpresso na versão portuguesa. Mas há muitos outros na lista (entre realmente bons e realmente bem-sucedidos, como O Segredo) que marcaram os últimos vinte cinco anos da FNAC. E os nossos. Deixo-vos a lista para poderem olhar para trás.