Os mais talentosos da América
De dez em dez anos, a famosa revista Granta publica um número especial, dedicado aos jovens escritores (jovens quer dizer com menos de 40 anos) mais talentosos dos EUA. São geralmente nomes a que devemos prestar atenção, pois a maioria acaba mesmo por vingar num mercado que é imenso – e grande parte consegue traduções em várias línguas. Há dez anos, por exemplo, estava nessa lista um autor que fez as minhas delícias – Jonathan Safran Foer, de quem publiquei um notável romance intitulado Está Tudo Iluminado na Temas e Debates e que, uns anos mais tarde, pariria Extremamente Alto e Incrivelmente Perto (hoje na Quetzal), de que se devem lembrar porque deu origem a um filme que, se não me engano, foi aos Óscares. A lista deste ano inclui alguns autores que têm saído na Teorema pela mão da minha colega Carmen Serrano (a quem tiro o chapéu pelo feeling): Ben Lerner (já falei aqui do livro 10:04), Anthony Marra (O Czar do Amor e do Tecno) ou Garth Risk Hallberg (o autor de A Cidade em Chamas, muito comentado em todo o lado). Mas há mais nomes, como os de Ottessa Moshfegh, que integrou a shortlist do Booker Prize de 2016 com o romance Eileen, ou Rachel B. Glaser, Chinelo Okparanta, Sana Krasikov, Claire Vaye Watkins, embora ainda cá não estejam traduzidos. O número da Granta que conta tudo saiu no dia 4 de Maio. Em inglês, claro.