Outra noite diferente
Ontem falei aqui do que é dormir (ou passar a noite acordado a ler) num quarto de hotel parisiense que é ao mesmo tempo uma biblioteca. Seria uma noite diferente, claro, mas as noites podem ser diferentes por variadíssimas razões (e, juro, não estou sequer a falar de sexo). Tenho sentido, sobretudo na minha vida profissional, que hoje se vive muito para o imediato e que se despreza, mesmo que involuntariamente, o médio e longo prazo. À excepção das ciências, que trabalham a pensar no futuro, as outras áreas do conhecimento andam sem ideias – e foi com alegria que vi anunciada uma “noite das ideias” no dia 31 de Janeiro, das 19h00 às 24h00 (data única mundial para um evento que, julgo, partiu da França, no qual é suposto que as pessoas se possam reunir com a finalidade de interagir, aprender e conversar sobre as suas ideias e a forma de as pôr em prática). Cá em Lisboa, vai ser na Fundação Calouste Gulbenkian e serão, creio eu, bem-vindos os contributos de todos. Não vou estar cá nessa altura (convidaram-me para ir a Cartagena das Índias, na Colômbia, ao Hay Festival), por isso, falo disto com a antecedência necessária para que todos fiquem atentos e participem. Haja ideias.