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Horas Extraordinárias

As horas que passamos a ler.

17
Jul15

Países irmãos

Maria do Rosário Pedreira

Aqui há tempos, quando disse que o Brasil ainda não contava para a internacionalização dos autores portugueses, houve alguém que, num comentário, me pediu que explicasse melhor – e a única explicação que posso dar é a da minha experiência: quase ninguém lê no Brasil os autores portugueses contemporâneos, excepto se ganharem prémios importantes ou forem conhecidos por outras razões. E o contrário é também verdade – muitos dos autores brasileiros que escrevem hoje não são publicados em Portugal, e os que o são quase ninguém os conhece. A situação pode, mesmo assim, melhorar bastante com uma parceria anunciada recentemente pelo nosso Secretário de Estado da Cultura. Ao que parece, lá e cá, as bibliotecas públicas acordaram ter todas à disposição um conjunto de livros considerado uma biblioteca básica que dê um cheirinho sobre a literatura do outro país. O ministro brasileiro disse esperar que a parceria contribua «para desenvolver estratégias que nos aproximem, que fortaleçam a nossa língua e que criem a possibilidade de um intercâmbio e uma proximidade muito maior do que aquela que já temos». Veremos se muda alguma coisa. Eu gostaria de começar por saber de que se comporá essa biblioteca básica…

3 comentários

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    Anónimo 17.07.2015

    Extraordinária Cláudia:

    Será então a diferença entre o imaginário latino-Americano e aquele ibérico (sobretudo o português) a causa do falhanço da penetração da nossa escrita no mercado brasileiro?

    Com efeito, quando leio Ferreira de Castro acho bem mais semelhante a um José Mauro de Vasconcelos ou Jorge Amado do que a António Lobo Antunes... e vou mais longe, Júlio Dinis e os seus "tipos" ou Camilo e os seus muitos casos com tiros de clavina e brigas de varapau, estão mais para o género dos escritores latino-americanos do que Valter Hugo Mãe ou José Luis Peixoto... será o que distancia os premiados "O teu rosto será o último" de "A rainha do cine Roma" ou "O rasto do jaguar" de "Debaixo de algum céu"?

    Ou seja, houve um afastamento dos nossos escritores dos temas e do género que antes se assemelhavam e uniam portanto a escrita dos dois países que era assim lida de ambos os lados?
    Isto é, se Camilo, Júlio Diniz, Eça, etc. eram lidos no Brazil????

    Saudações poéticas de uma tarde lânguida do cacimbo, cá da Cidade Morena.
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    Beatriz Santos 17.07.2015

    Não sei se entendi. Pode explicar com mais pormenor a sua ideia?
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