Paulo Teixeira e a baiana
Conheci o poeta Paulo Teixeira em 1996, já lá vão quase trinta anos, num encontro de poetas que surgiu por iniciativa de João Soares, então presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Nesse mesmo dia, travei também conhecimento com a querida Ana Luísa Amaral, de quem fiquei amiga, e de Fernando Guimarães e da mulher, tradutora de poesia (Maria de Lourdes); jantámos no Hotel Mundial (que parece que vai mudar de nome e de mãos) e ficámos na mesma mesa. O Paulo esteve que tempos sem publicar e há um ou dois anos publicou a Poesia Reunida que inclui um livro novo; o que eu desconhecia era que também escrevia prosa e acabo de saber que o seu primeiro romance será lançado amanhã no Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa, às 18h30, com apresentação de António Carlos Cortez. Segundo a contracapa é um livro cheio de humor, coisa bem rara na literatura portuguesa contemporânea (o que me provoca ainda maior curiosidade). Chama-se Não Digas O Que a Baiana Tem e trata dos vários encontros que Isabel, uma jovem portuguesa, estabelece em Salvador da Baía. Como ainda nem espreitei, reproduzo o que leio na apresentação: «A narrativa regista os rituais do encontro, os diálogos ferinos, as letras de pagode, as coreografias ousadas. A festa surge como um espaço de realização pessoal, onde as personagens se vingam da rotina e da violência sempre presente. O que o leitor tem em mãos é um romance lúdico e hilariante, que retrata as vivências da juventude e reproduz a rica e inventiva linguagem popular.» Eu cá vou ler. E os Extraordinários?